A maioria das pessoas acham que ir a um psicólogo é “coisa de louco” , mas isso é herança de uma cultura antiga e ultrapassada de higienização, onde se tirava tudo aquilo que incomodava na sociedade e isolava em manicômios. O paciente que possuía algum distúrbio psíquico era visto como inferior, sem cura, e que deveria ser isolado e afastado para não incomodar aqueles “saudáveis”.
Junto com essa fama desrespeitosa, a compressão do trabalho do psicólogo também se inferiorizou ao acreditarem que era a profissão que cuidava apenas dos “loucos”, daqueles que deviam ficar isolados.
É preciso compreendermos o conceito de saúde mental de forma ampliada, como um estado de equilíbrio que proporciona bem-estar ao indivíduo e a sociedade como um todo. Com essa ideia em mente, o Janeiro Branco pretende colocar o tema em evidência, fazendo com que as pessoas reflitam, discutam e atualizem suas ideias sobre o que, realmente, é a Saúde Mental.
O tabu de que a psicoterapia seria coisa para “loucos” acaba afastando as pessoas de buscarem ajuda psicológica, afasta-as da possibilidade de saúde mental. Quem de nós nunca ouviu alguém dizer que “não precisa” de psicólogo ? Como se dissesse : “eu ainda estou no controle, não preciso de alguém para dirigir minha vida”. Mas, em uma sociedade que cada vez mais trata as pessoas sem considerar suas individualidades, todos precisamos compreender a nós mesmos e a forma como lidamos e reagimos ao mundo.
Devemos promover saúde mental a cada um de nós e assim, conseguiremos uma sociedade mais saudável e consequentemente mais segura e agradável.