Muitos acreditam que o processo seletivo se inicia após o preenchimento de um formulário encaminhado a uma empresa, aos cuidados do setor responsável. Pelo menos essa era a visão que meu filho recentemente possuía antes de pedir orientação para se candidatar a uma oportunidade. Então, ao observar meu discurso, percebi que, naquele momento, eu estava inconscientemente descrevendo as 4 Leis Espirituais ensinadas na Índia.

“Tudo começa na hora certa, nem antes, nem depois!”

Na verdade, o processo seletivo se inicia muito antes da candidatura, quando o indivíduo decide se engajar profissionalmente, através de uma relação formal com uma instituição. Neste momento, podemos associar a terceira lei: “Tudo começa na hora certa! Nem antes, nem depois!“.

Logo após tomar a decisão, é preciso se preparar adequadamente e a primeira questão que deve ser respondida é como se posicionar em relação ao mercado de trabalho, pois cada título de uma vaga traz consigo um conjunto de competências como pré-requisito. E não se iluda, pois mesmo que se possa comprovar um enorme leque de competências, se as exigidas não forem atendidas, este indivíduo estará automaticamente se excluindo do processo seletivo.

“O que acontece é a única coisa que podia acontecer!”

Assim chegamos à segunda lei: “O que acontece é a única coisa que podia acontecer!”. De forma análoga, podemos acreditar que ninguém perde oportunidades, assim como ninguém é dispensado ou desconsiderado. O que ocorre é simplesmente a falta de um posicionamento sobre que “rumo” se deseja tomar. 

Fiz questão de destacar “rumo” em função de uma carreira não ser uma viagem, com planejamento de início, meio e fim. Trata-se de uma jornada, na qual se determina uma direção e, a qualquer momento, podemos ser compelidos a escolhermos um novo posicionamento. 

Logo a responsabilidade de não participar do processo seletivo é única e exclusivamente do indivíduo, sendo sábio aquele que consegue ter essa consciência para não se sabotar nas próximas vezes. Caso contrário, continuará inutilmente atribuindo a falta de sucesso às dificuldades e contextos que não estão sob seu controle, conforme havia dito Carl G. Jung.

“A pessoa que chega é a pessoa certa!”

Enfim, é chegado o tão esperado momento, e não menos tenso, no qual o indivíduo terá o primeiro contato com a instituição. Estamos diante da primeira lei: “A pessoa que chega é a pessoa certa!”. Não se pode escolher ou se ter a menor ideia de quem irá conduzir o processo seletivo. Portanto, é necessário desenvolver habilidades interpessoais e ser capaz de transmitir a mensagem de que o indivíduo tem plena consciência de quem é, do que é capaz, do desafio para o qual se candidata e, principalmente, que está alinhado com os princípios e valores da instituição. Em outras palavras, o indivíduo deve estar seguro de onde veio, para onde quer ir e com quem.

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“Algo só termina, quando termina!”

Findo o processo de seleção, chegamos a quarta lei: “Algo só termina, quando termina!”. Uma instituição séria sempre irá se comprometer a dar um retorno e, principalmente, agradecer pela participação do indivíduo, pois, por mais simples e otimizado que seja o processo seletivo, mesmo que realizado através de uma conferência pela internet, há um custo e uma dedicação envolvidos. Hoje em dia, isto é visto pelas instituições como um investimento realizado pelos participantes que só vem a enaltecer a imagem da instituição junto à sociedade. E mesmo que o indivíduo não seja selecionado inicialmente, durante um período, sempre há o aproveitamento de todas as avaliações obtidas a fim de atender novas oportunidades internas.

Portanto, talvez possamos até pensar que as etapas descritas anteriormente (“sonhar, acreditar, ser resiliente e aprender sempre”) sejam apenas parte de um processo de evolução espiritual!

Ricardo Cister

Ricardo Cister

MSc, PMP, QMSLA, Master Coach.

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4 Leis do processo seletivo